quinta-feira, 25 de julho de 2013

A ganância



A ganância
Por: Meire Cristiane


“não me deis olhos altivos e preservai-me da cobiça!” (Eclesiástico 23, 5)


O amor ao dinheiro e bens materiais destroem muitas pessoas e lares. Movidos por uma compulsão em sempre obter mais riquezas se esquecem do que estão entorno delas das pessoas que as amam, do prazer da convivência familiar e/ou com amigos, do diálogo, de ter uma vida saudável. “Porque sabei-o bem: nenhum dissoluto, ou impuro, ou avarento - verdadeiros idólatras! - terá herança no Reino de Cristo e de Deus.” (Efésios 5,5) Muitos então se dedicam de forma exagerada ao trabalho, fazem horas extras constantemente, ou então tem dois ou mais empregos, enfim, não medem esforços para se ter mais ganhos, já outros apostam também nos jogos, sejam eles jogos de azar como loterias e outros mais, ou até mesmo jogos de estratégia como o pôker, xadrez, então passam horas diante de uma mesa de jogos ou em frente ao computador nas várias salas de jogos on-line. São escravos, prisioneiros do dinheiro, poder.


“Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem,
onde os ladrões furtam e roubam.
Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem,
 e os ladrões não furtam nem roubam. 
Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração.”
 (São Mateus 6, 19-21)

A sociedade está cada vez mais capitalista-competitiva-consumista-individualista, o ter para muitos é mais importante do que ser. Por estarem mais individualistas as pessoas muitas vezes se esquecem que ainda existem sentimentos, amizade, companheirismo, solidariedade, e na sede pelo poder em alcançar riquezas muitas cometem erros, são levianas, falsas a ponto de prejudicar outra pessoa nos seus postos de trabalho, e até mesmo fraudando concursos públicos, comprando provas, ou subornando alguém para obter dados das matérias de determinada prova, e assim prejudicam pessoas que estudam e tentam honestamente a classificação.

“Porque é do interior do coração dos homens que procedem os maus pensamentos:
devassidões, roubos, assassinatos, adultérios, cobiças, perversidades,
 fraudes, desonestidade, inveja, difamação, orgulho e insensatez.
 Todos estes vícios procedem de dentro e tornam impuro o homem.”
(São Marcos 7, 21-23)


Triste presenciar casos de assassinatos devido a ganância, até mesmo filhos que matam seus pais almejando a “fortuna” que receberão. A que ponto chega a cegueira, a escravidão pelo dinheiro! Aqueles pais que se dedicaram na criação, educação, carinho e segurança são mortos pelos próprios filhos, estes pais que então trabalharam, lutaram para conseguir algum bem, e em troca são apunhalados pelas costas. “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.” (1 Timóteo 6,10)

Muitas seitas tem se aproveitado desse pecado para então seduzir mais “fiéis”, criaram um falso deus, uma falsa esperança, que denominamos de “Teologia da prosperidade”, pessoas humildes, muitos aposentados de baixa renda freqüentam estas seitas, e outros com intuito mesmo de ficarem ricos, obterem lucros nos seus negócios, fazem barganhas com Deus, como se pudessem enganar a Deus se “esquecendo” que Ele é onisciente, onipresente, mas ignoram estes fatos sobre Deus, e então buscam nestas seitas, nos cultos meios para angariar bens, ter sucesso nos negócios, em suas vidas! É lamentável como brincam com Deus dessa maneira, e como muitos tem se deixado levar com essa “Teologia da prosperidade”.

“Encontrou no templo os negociantes de bois, ovelhas e pombas, e mesas dos trocadores de moedas.

Fez ele um chicote de cordas, expulsou todos do templo, como também as ovelhas e os bois, espalhou pelo chão o dinheiro dos trocadores e derrubou as mesas.

Disse aos que vendiam as pombas: Tirai isto daqui e não façais da casa de meu Pai uma casa de negociantes.” (São João 2, 14-16)


Deus não condena o rico, mas o amor ao dinheiro, a ganância em obtê-lo, é preciso vigilância para que não caiamos nesta cilada, até mesmo nas apostas de jogos de azar ou nos vícios de jogos com grandes premiações em dinheiro, pois tudo isso nos afasta do Altíssimo, e na busca incessante pela riqueza menosprezamos o criador para idolatrar um falso deus, o dinheiro.


“Um jovem aproximou-se de Jesus e lhe perguntou:
Mestre, que devo fazer de bom para ter a vida eterna? Disse-lhe Jesus:
Por que me perguntas a respeito do que se deve fazer de bom? Só Deus é bom. Se queres entrar na vida, observa os mandamentos.
Quais?, perguntou ele. Jesus respondeu: Não matarás, não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho, honra teu pai e tua mãe, amarás teu próximo como a ti mesmo.
Disse-lhe o jovem: Tenho observado tudo isto desde a minha infância. Que me falta ainda?
Respondeu Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!
Ouvindo estas palavras, o jovem foi embora muito triste, porque possuía muitos bens.
Jesus disse então aos seus discípulos: Em verdade vos declaro: é difícil para um rico entrar no Reino dos céus!
Eu vos repito: é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha
do que um rico entrar no Reino de Deus.”
 ( São Mateus 19, 16-24)


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