Quem é ele? Quem é
ela?
Por: Meire Cristiane
"O Amor é uma evolução, um crescimento e uma peregrinação. O primeiro estágio é o ato da escolha, com a sua imensa alegria pela descoberta, o encontro de uma alma com outra. Esta escolha é feita com entusiasmo. Acarreta uma renúncia excludente à vida que se passou, e uma libertação de qualquer coisa que lhe possa causar restrição. Implica num desligamento de tudo o que não agrada o outro, e as renúncias a outras seduções jamais serão consideradas difíceis, porque são feitas com amor e entusiasmo."
(O Poder do Amor, Dom Fulton Sheen)
A atração física nos dias de hoje
é geralmente a primeira forma de começar um relacionamento amoroso, naquele
momento as duas pessoas estão fascinadas pelo que vêem, então despertam o
desejo de também sentir o outro, tocar, enfim, reduz o conhecer o outro
simplesmente na forma física, da beleza, do toque, daquele encanto que a visão
o tato nos permitem. O culto a forma física que nos é imposto muitas vezes pela
mídia, a degradação dos programas televisivos como as novelas, revistas e
outros mais, fizeram com que o físico, a relação carnal sejam fatores primordiais
no início dos relacionamentos, tal futilidade é o início do fim de uma relação
duradoura. Os homens tendem a ser
prisioneiros do físico, enquanto as mulheres nos detalhes românticos, e algumas
afinidades que neste primeiro instante são superficiais. Neste momento que é
também conhecido como o da paixão, que segundo pesquisadores dura em média no
máximo dois anos, onde há um grande desgaste emocional para mantê-lo, nos
permitimos às vezes deixarmos de lado
fatores importantes para que um relacionamento seja maduro, saudável e
duradouro como afinidades, questões religiosas, morais e desejos futuros que
devem ser do casal, a não ser que haja relativismos, descaso em relação a estas
questões. Então, por essa série de questões e outras que possa não me lembrar
agora, muitos relacionamentos tendem a não durar muito, ou pior, viver de uma
falsa aparência.
Com o passar do tempo, a
aparência já é um detalhe, e então os índices da paixão já não estão tão
elevados quanto antes, não percebemos mais somente as qualidades daquela
pessoa, mas os inúmeros defeitos, e conseqüentemente vem a decepção, e culpamos
ao outro por não “nos satisfazer”, por não ser como “eu quero” que seja, que
deixe de lado aquele vício, ou aquela vida antiga que levava, idealizamos outra
pessoa naquela pessoa que há tão pouco tempo sentíamos uma forte atração, para
os homens uma forte atração com desejos da carne. Criamos expectativas de um
alguém em nossa frente que não existe, nunca existiu, e não existirá, porque a
pessoa é daquela maneira, mantém os mesmos gostos, mesmos pensamentos, valores
morais, tudo exatamente igual quando tivemos aquela paixão inicial.
Um relacionamento que a atração
física e o desejo carnal são a base não obterá êxito, nem irá muito adiante,
pois precisamos de atenção, companheirismo, diálogo, a igualdade de valores
morais e também religiosos, e não adianta o outro fingir não gostar do que
gostava antes, é necessário que de fato deixe de gostar deixe de fazer algo que
machuca o outro, pois o fato de fingir não mais gostar de algo fará com que
esta pessoa se sinta oprimida, insatisfeita. Um exemplo é um homem que gosta de
conteúdos eróticos, e a mulher é religiosa, então aquilo é uma agressão, uma
verdadeira traição, uma vez que ele se sente atraído também por outras mulheres,
“Eu, porém, lhes digo: todo aquele que olha
para uma mulher e deseja possuí-la, já cometeu adultério com ela no coração.” (São Mateus 5, 28). Com o maldito feminismo
e a decadência de valores morais, muitas moças, mulheres estão contaminadas
então se permitem a usarem seus corpos para desencadear desejos carnais nos
homens "Toda
mulher que se entrega à devassidão, é como um esterco que se pisa na
estrada". (Eclesiastico 9,10).
Há então uma diferença enorme entre estas pessoas, os valores morais não são os
mesmos, e estes gostos já existiam antes da relação ter início, e se o outro
não conseguiu se livrar disso e muitas
vezes não quer.
“A graça é falaz e a beleza é vã; a mulher
inteligente é a que se deve louvar.”(Provérbios 31,30)
“Não detenhas o olhar sobre uma jovem, para
que a sua beleza não venha a causar tua ruína.” (Eclesiástico 9, 5)
As
brigas, desentendimentos, tristezas, angústias, muitas vezes ocorrem porque
insistimos que aquela determinada pessoa que conhecemos há um tempo seja
exatamente como queremos, logo, não gostamos, amamos aquela pessoa com quem
estamos, mas outra que nosso coração deseja encontrar, mas apesar de estar
perto fisicamente está bem distante de nós.
“O amor é paciente, o amor é
prestativo; não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho.
Nada faz de inconveniente, não
procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor.
Não se alegra com a injustiça,
mas se regozija com a verdade.”
Tudo desculpa, tudo crê, tudo
espera, tudo suporta.
(I Coríntios, 13, 4-7)
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