sábado, 13 de julho de 2013


Quem é ele? Quem é ela?



Por: Meire Cristiane

"O Amor é uma evolução, um crescimento e uma peregrinação. O primeiro estágio é o ato da escolha, com a sua imensa alegria pela descoberta, o encontro de uma alma com outra. Esta escolha é feita com entusiasmo. Acarreta uma renúncia excludente à vida que se passou, e uma libertação de qualquer coisa que lhe possa causar restrição. Implica num desligamento de tudo o que não agrada o outro, e as renúncias a outras seduções jamais serão consideradas difíceis, porque são feitas com amor e entusiasmo."
 (O Poder do Amor, Dom Fulton Sheen)

A atração física nos dias de hoje é geralmente a primeira forma de começar um relacionamento amoroso, naquele momento as duas pessoas estão fascinadas pelo que vêem, então despertam o desejo de também sentir o outro, tocar, enfim, reduz o conhecer o outro simplesmente na forma física, da beleza, do toque, daquele encanto que a visão o tato nos permitem. O culto a forma física que nos é imposto muitas vezes pela mídia, a degradação dos programas televisivos como as novelas, revistas e outros mais, fizeram com que o físico, a relação carnal sejam fatores primordiais no início dos relacionamentos, tal futilidade é o início do fim de uma relação duradoura.  Os homens tendem a ser prisioneiros do físico, enquanto as mulheres nos detalhes românticos, e algumas afinidades que neste primeiro instante são superficiais. Neste momento que é também conhecido como o da paixão, que segundo pesquisadores dura em média no máximo dois anos, onde há um grande desgaste emocional para mantê-lo, nos permitimos  às vezes deixarmos de lado fatores importantes para que um relacionamento seja maduro, saudável e duradouro como afinidades, questões religiosas, morais e desejos futuros que devem ser do casal, a não ser que haja relativismos, descaso em relação a estas questões. Então, por essa série de questões e outras que possa não me lembrar agora, muitos relacionamentos tendem a não durar muito, ou pior, viver de uma falsa aparência.

Com o passar do tempo, a aparência já é um detalhe, e então os índices da paixão já não estão tão elevados quanto antes, não percebemos mais somente as qualidades daquela pessoa, mas os inúmeros defeitos, e conseqüentemente vem a decepção, e culpamos ao outro por não “nos satisfazer”, por não ser como “eu quero” que seja, que deixe de lado aquele vício, ou aquela vida antiga que levava, idealizamos outra pessoa naquela pessoa que há tão pouco tempo sentíamos uma forte atração, para os homens uma forte atração com desejos da carne. Criamos expectativas de um alguém em nossa frente que não existe, nunca existiu, e não existirá, porque a pessoa é daquela maneira, mantém os mesmos gostos, mesmos pensamentos, valores morais, tudo exatamente igual quando tivemos aquela paixão inicial.

Um relacionamento que a atração física e o desejo carnal são a base não obterá êxito, nem irá muito adiante, pois precisamos de atenção, companheirismo, diálogo, a igualdade de valores morais e também religiosos, e não adianta o outro fingir não gostar do que gostava antes, é necessário que de fato deixe de gostar deixe de fazer algo que machuca o outro, pois o fato de fingir não mais gostar de algo fará com que esta pessoa se sinta oprimida, insatisfeita. Um exemplo é um homem que gosta de conteúdos eróticos, e a mulher é religiosa, então aquilo é uma agressão, uma verdadeira traição, uma vez que ele se sente atraído também por outras mulheres, Eu, porém, lhes digo: todo aquele que olha para uma mulher e deseja possuí-la, já cometeu adultério com ela no coração.” (São Mateus 5, 28). Com o maldito feminismo e a decadência de valores morais, muitas moças, mulheres estão contaminadas então se permitem a usarem seus corpos para desencadear desejos carnais nos homens "Toda mulher que se entrega à devassidão, é como um esterco que se pisa na estrada". (Eclesiastico 9,10). Há então uma diferença enorme entre estas pessoas, os valores morais não são os mesmos, e estes gostos já existiam antes da relação ter início, e se o outro não conseguiu se livrar disso  e muitas vezes não quer.

“A graça é falaz e a beleza é vã; a mulher inteligente é a que se deve louvar.”(Provérbios 31,30)

“Não detenhas o olhar sobre uma jovem, para que a sua beleza não venha a causar tua ruína.” (Eclesiástico 9, 5)


 As brigas, desentendimentos, tristezas, angústias, muitas vezes ocorrem porque insistimos que aquela determinada pessoa que conhecemos há um tempo seja exatamente como queremos, logo, não gostamos, amamos aquela pessoa com quem estamos, mas outra que nosso coração deseja encontrar, mas apesar de estar perto fisicamente está bem distante de nós.

“O amor é paciente, o amor é prestativo; não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho.

Nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor.

Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade.”

Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
(I Coríntios, 13, 4-7)

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